Audiência na Alepe tem embate entre oposição e governo após fala de secretário sobre investimentos

O otimismo do secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Fabrício Marques, sobre o crescimento dos investimentos estaduais em 2026, provocou reações divergentes durante audiência pública da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (10). Enquanto os deputados governistas reforçaram a confiança nas metas do governo Raquel Lyra, o deputado Antônio Coelho (UB), único oposicionista presente na reunião, demonstrou ceticismo em relação à capacidade do Estado de executar o orçamento previsto.

Presidente da Comissão, Antônio Coelho conduziu os trabalhos, mas evitou fazer questionamentos diretos ao secretário. Em sua fala, o parlamentar colocou em dúvida a execução dos R$ 7,9 bilhões em investimentos anunciados para o próximo ano. “A economia de Pernambuco decresceu até agosto deste ano e o Estado tem a maior taxa de desemprego. Tomara que haja esse investimento que o secretário informou, mas vemos muita dificuldade nessas execuções”, afirmou o oposicionista.

Durante a apresentação, Fabrício Marques destacou que Pernambuco “brigará com a Bahia pelo primeiro lugar em investimentos no Norte/Nordeste em 2026” e que o Estado deve encerrar 2025 entre os cinco primeiros do país em investimentos per capita.

Os deputados da base governista saíram em defesa dos números apresentados. Para Henrique Queiroz Filho (PP), a ausência de críticas mais contundentes da oposição “mostra que o trabalho de planejamento está bem feito e que 2026 será um ano em que a população observará de perto os investimentos que serão feitos”.

Já a líder do Governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (UB), destacou o controle fiscal da gestão Raquel Lyra e lembrou que o aumento na folha de pagamento previsto para 2026 será de apenas 0,2%, já que “praticamente todos os acordos com os servidores foram concluídos neste ano”.

O deputado Luciano Duque (SD), por sua vez, cobrou maior atenção ao abastecimento d’água nos municípios e defendeu que o empréstimo de R$ 1,7 bilhão solicitado pelo Executivo seja votado ainda em 2025. (Blog do Mário Flávio)