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IPUBI, PE – O direito fundamental ao descanso e à paz tornou-se um artigo de luxo para os moradores de Ipubi, no Sertão do Araripe. Uma onda de reclamações expõe um problema crônico que tem tirado o sono da população: o uso abusivo de equipamentos de som em volumes ensurdecedores, que se estendem até a alta madrugada, em total desrespeito à lei e ao próximo.

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O cenário, descrito por inúmeros cidadãos, é de completo desamparo. Durante a noite, principalmente nos fins de semana, residências, bares e carros equipados com “paredões” transformam ruas e bairros em verdadeiras arenas de perturbação sonora. O problema, segundo os relatos, não é apenas o incômodo, mas a sensação de abuso e a impunidade de quem promove a desordem.
“É um desrespeito total. A gente trabalha a semana inteira, precisa descansar para o dia seguinte, e simplesmente não consegue. Parece que não existe lei, não existe ordem”, desabafa um morador que prefere não se identificar por medo de represálias.
O Clamor Ignorado pelo 190

A primeira linha de defesa do cidadão, a Polícia Militar, tem se mostrado ineficaz para resolver o problema em Ipubi. Moradores afirmam que ligam repetidamente para o número de emergência 190, mas o resultado é quase sempre o mesmo: a frustração.
A principal queixa é que a cidade dispõe de um efetivo policial muito reduzido, incapaz de atender a todas as demandas. Em muitas ocasiões, os policiais chegam a confirmar que registraram a ocorrência e que uma viatura será enviada, mas a ajuda dificilmente chega ao local. “Eles dizem que vêm, a gente fica na esperança, mas a noite passa e o barulho continua. Sentimo-nos completamente abandonados”, relata outro residente.
A Cobrança sobre o Legislativo Municipal
